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29.7.07

Cordilheira parte II: estágio avançado (18/07/07)

Desta vez, neve. Cadenas para los neumáticos. Havíamos combinado para encontrar um amigo de família de nosso acolhedor, em Los Andes. Depois de mais um desencontro, de 3 horas, à beira de uma compra mal sucedida, fomos encontrados. E levados a sua amável casa, de linda e generosa família. Lá, alimentaram-nos, venderam-nos correntes com preço pela metade e melhor: reedificaram-nos com abraços tão carinhosos que é certo tenha amenizado o tempo. Alabastrino; de neve, dessa vez, desinibida e de alvura enfática.

bem família
konidomo

[agradecimentos]

A Luciano (el chispa), pelas comidas, troca de cultura, de experiências e por ter-nos recebido de maneira tão franca e hospitaleira.
À Família de Los Andes (Cláudio, Janete, Abuelita y los chicos), por tanto carinho em tão pouco tempo.

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Obstinados (16/07/07)

Idéia fixa: que abra el Paso, que respondam nossos recados de solicitação de abrigo em Mendoza. Que encontremos o dia exato, para passarmos para o outro lado.

previsão konidomo
konidomo
(fotografia de satélite obtida no site que checávamos todos os dias para nos informar sobre as codiçoes climáticas na Cordilheira dos Andes, antes de cruzarmos novamente a fronteira Chile/Argentina.)


[e, em meio à preparação para o Cruce Libertadores, soubemos com pesar da tragédia em Congonhas, dor da pátria ferida.]
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Enclausurados (15/07/07)

Domingo, saímos. Valparaíso, pelos ascensores, pelos cerros, fomos todos. A tempo de voltar para o jantar, para nosso acolhedor aprontar-se para viajar. Para Concepción. E depois concentramos atenção em ir, seguir, pelos Pasos, google earth, clima, ventos polares, sinais de neve, seguir.

Baile de Cueca
konidomo

200 pesos
konidomo

Valpo
konidomo
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Conectados [Viña del Mar] (11/07/07)

Leu-se a carta. Tarô. Saber a hora de seguir, diz-se sol, diz-se luz. Decidimos voltar para a Argentina. Onde o sol fica pela manhã. Do outro lado da montanha. Daí, TV Globo via internet. Notícias, programas, novela. Contatos, meteorología. Providências para os planos do por vir.

[porque La Argentina roba el sol de la mañana, mientras el Chile roba el sol de la tarde; la cordillera que divide el tiempo, el sol, en una tierra partida.]

navegado
konidomo
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Desencontrados (10/07/07)

Marcado: café Jornal, às 17:30. Centro de Viña del Mar. Estávamos no lugar e na hora certa, para encontrar um membro do Hospitalit Club, que iria nos receber. Embora assim entendêramos, esperamos até as dez, porque este, por sua vez, haverá entendido assim. No fim, em cansaço, fome e desencanto, conhecemos um novo amigo, com quem passamos os derradeiros momentos de nossa temporada no Chile.

Deixamos o carro no posto da Marinha, onde trabalhava. Seguimos de ônibus para sua casa, em Olívar. Ficava no caminho de Quilpué, bairro em meio aos cerros, de leitura particular. Casa número 20, organização especial, arquitetura própria. Dias de frio e culinária típica. Comemos de pão com abacate (completo) a frango cozinhado ao vinho. Mesclas de cultura local e indícios de Arica, das veias de nosso amigo chileno.

dois cafés
konidomo
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carta do sol (20/06/07)

Se esperar, há primavera. Depois, se há. Se queira, se beira, frio que passa, passa o mate, passa o pão. Passa pela calçada, um sinal. A carta do sol, ao piso, ao olho, ao pé, bem-vinda. Conveniente para o inverno, encontrar pelo caminho: seria um aviso? Arica? Atacama? El paso a passar? Passa um dia, se o frio passa, a cordilheira passa, de uma porta à outra. País a outro. Um par de anjos na carta, louros de cachos românticos. Um rabo a mais, “Le Soleil”. Intriga, fascina, espanta. Boa hora para um sol, raios calientes, vitamina “D”. De tanta cenoura poderia alaranjar, mas há de haver um sol. E o sol há.

soleil
konidomo


[dentro]


Esquentar água. Para banho. Para beber. ‘Latin American idol’, para entreter. Dentro, nós. Portugues que se fala. Tremelique no chão, temblores, tremores, terremotinhos. Pipoca, kiwi, aveia, chocolate, macarrão, jurel, soja, pipoca, pão, pipoca, mate, chocolate, mate, pipoca. Pastas, releases, correspondências. Notícias, jornais. Notícias, virtuais. Belíssima dublada, “esse que fala”, turco no Brasil falando português dublado de espanhol. Cheiro de carpete, faxina um vez no mês. Um metro de cozinha. Uma tábua para a vizinha. Ouvir respirar. Cronograma, a cumprir. Programação na TV a seguir. Pela tela. Não há janelas, há “Eva Luna” e “El Mar Viviente”. E outras portas.

1m de cozinha
konidomo


[fora]

Barro pela estrada. Sem saída. Torre dos bombeiros. Fora, nós. Estrangeiros. Espanhol que fala. ‘Cone helado, ya’. Santa Isabel, santos maiz para cabritas. Palomitas. POCHOCLOS. Molha os cabelos, umidade; congela as mãos, vento, tempo, saudade. Saudade e telefone impossibilitado de efetuar chamadas internacionais. Vontade de voltar para dentro. Corpo tremendo. Temblores. Fora, um mar de larvas iluminado: as casas sobre os morros, cerros, derrete a luz, perante o mar. Derrama, chama... Iemanjá? A gente vê da costeira, de longe: Viña. De longe, vida. Visita de fim de semana. Os dedos param, não se sente. Os pés somem pela dormência de estar. Contidos. Dormidos. Frio. Fora, frio; dentro frio menor. Voltar para dentro. E, contudo, continuar de fora.



fora de tempo
konidomo

valdisnei
konidomo

1 dia de sol
konidomo

1 invitación
konidomo

impossível
konidomo

Reñaca à venda
konidomo


konidomo

bem vindo à Reñaca
konidomo

levitar
konidomo

mesmo mar
konidomo

Un techo para chile
konidomo

bem Reñaca
konidomo
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correspondências (18/06/07)

Vivas a internet wi-fi do MC Donalds. Holas, Saludos, cartas, cartas, correspondências. Espanhol, português, uma hora enlouquece, esquece o lugar-comum. Esquece um termo hábil, de frouxa língua. E trava, trava, e desestrutura o vocabulário. HC, para depois, tentar visita ao Amereida, tentar confirmar encontro, desencontro normal. Contatos, sementes, urgentes, infalíveis! Imigrantes por alma viva, presença ativa, condição marcada. Um i tatuado, rotulado, verde-amarelo explícito, saudade de tapioca. Todo dia é dia de semear, cartas, cartas, cartas. Um dia há de compensar. Cartas, cartas, correspondências.

bits por cono
konidomo

[agradecimentos]


Assim, há de se registrar a importância da comunicação; para nós decisiva e impulsionadora. Da planilha de contato, inegável a importância da correspondência que estabelecemos com nosso estimado professor Ricardo Bezerra, de nossa espécie e pátria, genuína disposição para ajudar e salvaguardar nossas estruturas emocionais. Dentre todos aqueles que nos propiciaram diálogo, palavras amigas e luzes no turvo instante, agradecemos vigorosamente.

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Santiago do Chile (15/06/07)

Um dia cidade grande: ir ao meio. Ao núcleo? Uma velha conhecida missão: Banco do Brasil. Taxas, câmbios e os eteceteras capazes de arrancar os corpos e jogá-los ao urbano. À capital.

Fomos no ônibus mais barato. Igual serviço, igual destino. Pajaritos para entrar, metrô adentro da cidade, subterrâneos, cegos, mudos, comportamento elevador. Sair da terra, ao chegar, à luz encabulada da época, o choque, ali estava o tempo todo sobre nós. E ali estava a Cordilheira, presente pela fuga da avenida. Picos a impor-se natureza. Não há mais valente.

Foi um dia para providências e olhar imigrante. Ir e voltar como tantos, todo dia, dia de ir à Santiago.


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16.7.07

novo lar provisório (12/06/07)

Dá-se a largada. Corre, corre, corre, corremos. Não há água quente. Não há janelas. Carpete no chão. Andamos, andamos, corremos. Uma vida para resolver. Pendências, urgências, vitais. Claro celulares, na cidade. Claro que não resolve nosso problema. Assim é, claro. Vamos buscar contatos. Temos de ir à Santiago, pois lá está o Banco do Brasil. O piso é de carpete, a história se repete, mas há televisão. Tudo para arriscar, konidomo a demandar nossa atenção. Também necessitamos de carinho, faz frio, fazem frio, fazem silêncio. Fazem barulho. Faz terremoto, fazemos contato. Há Wi-Fi no Mc Donalds, à troca de sorvete. À pena de canto de olho. Santa Isabel para salvar: kiwi à preço de banana, vinho à preço de cana, presunto à preço de mortadela. Observa-se, conserva-se valor. Dias de maratonistas, dias de abalos, sísmicos e emocionais. Dias de incertezas, delicadezas, surpresas, vida e morte. A sorte há de nos alcançar.

de lado a lado
konidomo
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chamado Reñaca (11/06/07)

Novos ares, menos úmidos. Novos ares, mais urbanos. Quem pode negar-se a natureza? Quem pode recusar-se o consolo d’alma?

Mudamos de abrigo, embora, para isso tivéssemos passado cerca de cinco horas à espera do responsável pelo estabelecimento. Sim, senhor, enquanto nenhuma vida respondia, de modo a atender-nos e disponibilizar-nos o quarto que havíamos visitado pela manhã, esperamos amargamente. À frio, fome, dores no corpo. Cansaço, evidente, depois de sofrida condição, entramos enfim, no nosso novo lar provisório.

x7
konidomo
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pela janela (09/06/07)

Pouso imediato em Con Con. Cabaña para duas noites, foram dias longos os últimos. Foram muitas idas, muitas vidas, estávamos exaustos. Mas ainda assim, não havia tempo para longas esperas, longos descansos.

Mar pela janela, um frio estranho. O sol do lado de fora, parecia apagado, já não estava quente. Vidro rachado, a umidade entrava assim. Mas a vista, de pedras, linda, o mar encostado, a água batia as vezes...

Recebemos boa acolhida e até boa proposta para ficarmos por um mês. Mas algo dizia - instintos? – que deveríamos buscar outro abrigo, talvez mais próximo de Viña, talvez mais próximo de algo, não sabíamos de quê. Não sabíamos nada, para que lado ir, para que lado arriscar: o lado ruim de tanta liberdade é não ter certo o caminho... lado... Tampouco nos resta plena condição para errantes. Restam-nos poucos recursos, e condicionantes de sobra. Restam-nos algumas limitações, muitas preocupações, muito a pensar, muito, muito... Quase não se pode respirar assim, mas é assim que o corpo vive; respirando, ar para dentro, para fora, até que a calma dê plenas condições para o acaso.

descortina
konidomo

[agradecimentos]

à Francisca,
pela indicação da Cabaña e pela cordialidade;
à Míriam, pela hospitalidade, atenção e força, além da disposição em ajudar-nos aqui no Chile.

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Pacífico (08/06/07)

Chegamos à Viña del Mar, levados pelo alento, pelo vento, pelo mar. O mar do nome, o mar da foto, que alguém contou. Cidade praieira, cômodo para nós. Física quântica, o cenário que inventamos é o imaginário que recriamos. E quem haverá de duvidar?

Azeitonas na estrada, ainda não assimilamos a moeda. Chile arrumou-se para nossa chegada, de linda tarde de sol. Com todos os sentimentos em espécie e perdidos, buscamos informação. Seguimos uma senhora que ia pelo mesmo caminho. Ela levava duas freiras no banco de trás e saudamos os símbolos. Conduziu-nos até Viña, onde o mar reinou aos olhos: a mesma linha ao toque do céu.

Pacífico. Oceano de colégio, Atlas e cartografia. Óbvio que nos atrevemos a senti-lo. Óbvio que estávamos abobados, hipnotizados e o inventamos em imagem tal qual o é. De frente para o azul – mar azul piscina! – apreciamos a olhos fechados. Cá estaria Iemanjá? PA CÍ FI CO. Irmão do Atlântico. Prazer em conhecê-lo aos desejos do porvir. Pacífico e arredio, mar alheio, ainda assim, mar. O mar é nosso guia, de fé e geografia. Deixa-se sentir, o pôr do sol, ao som daquela canção. Tudo pensado. Escrito e fotografado. Até vir uma onda, linda e traiçoeira, música de Otto, linda e traiçoeira. Molha as botas, fica a espuma, fica, fica, não há mal. A gente leva, a gente troca; a gente abre os braços, a gente lava a alma.

visita
konidomo


mar da foto
konidomo
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Paso libertadores (08/06/07)

No alto: descer. Passamos a fronteira lentamente. Lentamente se desce. Abismos. Curvas. Dizem exatas curvas, uma estúpida conta: há muito além em que se atentar. O Chile, em verdade, descortina-se finalmente.

Ainda não temos destino certo. Estamos errantes. É uma sensação assustadora, mas no fundo, boa. De liberdade. A vida assim, sem condução, sem direção, literalmente. Apenas sorrimos. O medo não é uma sensação intrigante?

luego del Paso
konidomo


[palmas para o Biu]

Assim como bravas gentes, bravos os carros. Bravo o fusca, que venceu o mais emblemático desafio: a Cordilheira. Homenagem ao companheiro que, mais que o meio ganhou nota de ser; de inanimado a super animado, vivo. Viva, assim, Biu Fiteiro, aos olhos duvidosos do lugar comum.

bravokonidomo
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6.7.07

branca estrada [Cordilheira dos Andes] (08/06/07)

Cinco da manhã; despertamos. Não havia sol, não havia luz. Quando alcançamos a estrada, havia os elementos, mas não havia a forma. À medida que avançamos em direção ao turvo, o dia clareou e, assim, gradualmente, aos olhos foram-se permitindo os traços. Como desenho mágico, de Daniel Azulay; na tela ávida, as notas agudas. Música, perfume: a natureza não escolhe termos, arrebata os sentimentos, tão profundamente quanto pode alcançar em altura, a Cordilheira dos Andes.

De curvas, rios congelados, nenhum receio: uma sensação suprema de estar, natural, em canto e canto afinado. Um som perfeito, picos azuis, verdes, amarelos; às vezes um caminhão da pátria, às vezes um outro animal de mesma espécie. Tão raro quanto um sinal, um rastro, uma vida. Túneis: olhos em trevas momentâneas. A luz no fim, como metáfora: abre-se o céu saturado novamente. Claro. Escuro. Claro escuro. Intervalos, vãos do concreto, brecha na caverna... Bate o coração? Bate o olho no precipício, intangível, aéreo, um desmaio, um papel... em branco? Bate a varinha na boca da garrafa, bate a memória do que se vê. Lembrança da infância, comercial de água, uma vigorosa melodia, água, som especial, água gelada, um fio de rio, frio... Claro, escuro, claro, escuro, passa outra vez, claro escuro, claro escuro, quase esquecemos a respiração.

A polícia pára, pela primeira vez. Descemos num frio amargo, vento ladrão. Rouba energia, rouba o cachecol. Mostramos tudo, somos prestativos. Tudo correto, carta verde, gente de bem. Livres e libertos, Paso libertadores. Seguimos minutos depois, intervalo para a poética, dá certo valor. Contrastes agradam aos olhos. Porque na natureza há valia para tudo. A delicadeza é, graças ao bruto. É preciso ver o feio, para reconhecer o belo. Ou outros belos, ou outros olhos, talvez dependa mais de como se vê, a alma que vê, a alma que está.

Na cordilheira, na lua. É ausência, é silêncio. Uma oração. Atéia, agnóstica. Dói delicioso, dói, prazer estranho, não se assimila, não se verbaliza. Porque seria inexpressivo o bastante para não corresponder. Confuso demais, piegas demais, um sentimento não se vê. Não é justa a representação textual. E branco é por natureza. Gotan Project - A Quai, correspondência perfeita. Audição + visão. Cessa a expressão. E qualquer intenção de movimento.

al paso
konidomo

outro lugar
konidomo

pra Uspallata
konidomo

pré cordilheira
konidomo

ponto fusca ponto konidomo ponto
konidomo

no porta-retratos
konidomo

pra dar a direção
konidomo

lunar
konidomo

um sinal
konidomo

casi
konidomo

y vamonos
konidomo

outro tom
konidomo

viva
konidomo

habitat
konidomo

pela calha
konidomo

se a galinha falasse...
konidomo

todo santo ajuda
konidomo

ya!
konidomo

cor
konidomo

caracoles
konidomo
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aos pés da cordilheira (07/06/07)

Um dia a mais fora decisivo. Preparamos as comidas, os agasalhos, as bagagens, o carro, os documentos, os corpos. Precisávamos descansar. Ainda arriscamos um passeio, de modo a buscar utilidades, alimentos, produtos os quais há maior vantagem que se comprem na Argentina. E intentávamos despertar cedo o bastante para a tranqüilidade. Estar tudo tão pronto nos permitia aproveitar com mais profundidade. O momento era, mais que em nenhum outro percurso, de paradoxo: tátil, etéreo, mistério, certezas, extremos, brancos. Tão alvo, à ilusão do vazio; mas por isso mesmo pleno. Como de ar fosse cheio, tanta substância, embora invisível. Fácil remeter à inexistência. Meio: o ar contém bactérias tão pequenas quanto enorme é sua capacidade assassina. O olho é mesmo nossa cegueira trágica. Assim como o branco é de todas as cores.
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por um lugar em Mendoza (06/06/07)

Ao fundo, o desenho tomando forma. Ar branco, linhas delgadas ainda turvas do que sabemos que há; paisagem absurda para nós, filhos da aridez vermelha, ardida, das têmporas úmidas, os vulcões na pele.

Mendoza chegou rápido, não nos tomou um dia. E, estranhamente, a porta do carro endireitou-se. Um pouco de óleo, talvez conseqüências do frio. Quem sabe? O percurso fora de sol, embora ainda frio. Ainda assim. E ainda havia claridade forte quando entramos na cidade. Tínhamos, dessa forma, tempo hábil para contatar outro amigo de Córdoba que nos havia prometido pouso ali, na casa de seu pai. Ótimo, se tivesse corrido assim simples, mas tanto tempo tornou-se escasso. Depois de muita dificuldade, dentre endereços errados, condições, limitações e muito a resolver, chegamos noite adentro no abrigo prometido. Foi o tempo do cansaço, corpo esgotado, sopa e cama.

Para vésperas de Paso, não nos parecia racional seguir. A necessidade nos cobrou um dia a mais, de modo a planejar adequadamente a travessia: prevenções para as condições adversas, frio e fronteira; arrumar, organizar, preparar-se para a guerra.


começou
konidomo

combinação
konidomo

14.000km
konidomo

secar à sombra
konidomo

do imaginário
konidomo

konidomo à fronteira
konidomo

[agradecimentos]

- ao Martim, por ceder o contato com seu pai, de forma a nos abrigar em Mendoza;
- ao senhor do clube de equitação que nos ofereceu teto (embora tivéssemos que passar a noite acordados) caso não encontrássemos o abrigo, dado o equívoco do endereço;
- ao senhor Miguel Angel, pelo abrigo, pela saborosa e reabilitante sopa antes de dormir, pela disposição toda.

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