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6.7.07

por um lugar em Mendoza (06/06/07)

Ao fundo, o desenho tomando forma. Ar branco, linhas delgadas ainda turvas do que sabemos que há; paisagem absurda para nós, filhos da aridez vermelha, ardida, das têmporas úmidas, os vulcões na pele.

Mendoza chegou rápido, não nos tomou um dia. E, estranhamente, a porta do carro endireitou-se. Um pouco de óleo, talvez conseqüências do frio. Quem sabe? O percurso fora de sol, embora ainda frio. Ainda assim. E ainda havia claridade forte quando entramos na cidade. Tínhamos, dessa forma, tempo hábil para contatar outro amigo de Córdoba que nos havia prometido pouso ali, na casa de seu pai. Ótimo, se tivesse corrido assim simples, mas tanto tempo tornou-se escasso. Depois de muita dificuldade, dentre endereços errados, condições, limitações e muito a resolver, chegamos noite adentro no abrigo prometido. Foi o tempo do cansaço, corpo esgotado, sopa e cama.

Para vésperas de Paso, não nos parecia racional seguir. A necessidade nos cobrou um dia a mais, de modo a planejar adequadamente a travessia: prevenções para as condições adversas, frio e fronteira; arrumar, organizar, preparar-se para a guerra.


começou
konidomo

combinação
konidomo

14.000km
konidomo

secar à sombra
konidomo

do imaginário
konidomo

konidomo à fronteira
konidomo

[agradecimentos]

- ao Martim, por ceder o contato com seu pai, de forma a nos abrigar em Mendoza;
- ao senhor do clube de equitação que nos ofereceu teto (embora tivéssemos que passar a noite acordados) caso não encontrássemos o abrigo, dado o equívoco do endereço;
- ao senhor Miguel Angel, pelo abrigo, pela saborosa e reabilitante sopa antes de dormir, pela disposição toda.

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