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31.10.07

de hóspedes a hospedeiros? (21/09/07)

Recebemos dois chilenos de Santiago. Uma menina e um menino, que iam a um show em Buenos Aires. Foi uma experiência muito interessante, estar, depois de meses sendo recebido, receber. E foi também um encontro muito feliz. Coisa de olhar; sintonia de gente fina, para guardar. Quase seguido, chegaram dois brasileiros, de Brasília. Aí, foi festa. Portugueses falados; como é bom se expressar na própria lingua! Quem sabe por isso se chama lingua mãe.



HC Chile
konidomo

Estef
konidomo

Joaquín
konidomo

piloto
konidomo

HC Brasil
konidomo

p.f.
konidomo


[creciendo]

Crecer para comer. Comer para crecer. Así es.
konidomo

konidomo

konidomo

konidomo

konidomo

konidomo

konidomo

konidomo

konidomo

konidomo
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profissão perigo ( 13 /09/07)

Inventar também é artimanha de arquiteto. De vez em quando faz um levantamento. Arruma bico, um sistema novo para a cortina da pia da cozinha. A Arte do rebolado! Que maravilha de formação; sempre pensamos que a maior dádiva da profissão é o estímulo criativo!

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cidade (10/09/07)

Mendoza e suas particularidades. Dividida em departamentos. Cordilheira paralela à San Martin. San Martin que corta todos os departamentos. Centro, onde há mais serviços. Consulado do Brasil. Feira, azeite de oliva saboroso e barato, artesanato, praça Independência. Cultura mendozina, de tortita raspada, pinchada e outra que não lembramos o nome. Porque preferimos essas duas. Dizem que só há aqui. Vinhos locais, bodegas por toda parte. Fronteira com Chile, alguma similaridade. Alguma montanha no caminho. Algum desenho urbano reconhecido. Jeito de falar. Jeito de morar. Jeito de fazer asado. Clima seco, inverno frio. Água neve, neve farta, neve quase cotidiana. Flores de desenho animado, cores, primavera. Um sol que duvidávamos, varonil! No ônibus às vezes não se paga, por lotação ou pela delicadeza da máquina de arrecadação de moedas. Às vezes quebra. Às vezes ignora. A cidade pela linha 12 ou 16. A cidade e seus encantos, vividos ao som de Vinícius, Tim e “Tábua de esmeralda” de Jorge.

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bairro (01/09/07)

Vala, a vala. E na vala, alguém caiu? Por supuesto. Agora as árvores vestiram-se; há uma coberta de flores sobre as ruas. Primavera. Que começa oficialmente todo 21 de setembro. Esse ano as coisas estão diferentes. Efeito estufa? Sinais de nossa natureza homicida e auto destrutiva? Uau. Andar é romantico, pelo trilho do trem, até o cyber mais próximo. Andar na sombra constante, abaixo de um sol instável, errante. Ainda faz frio, ainda há siestas, ainda saímos à toa. Porque sempre esquecemos que tudo está fechado de 12:00 a 16:00. Pode-se esperar até 17:00. E às vezes até 18:00. Não nos habituamos. Ainda erramos as ruas. Há um canal que confunde. Mas há sempre a Cordilheira como mar. Como norte. Ou oeste, como é sua orientação. Não há muito serviço por perto. Mas na Luly's se pode encontrar uma boa tortita raspada...

konidomo
[publicação Diário Uno de Mendoza, Argentina. 03/09/07. Entrevista com o Konidomo]
Para conferir a matéria:[http://www.diariouno.net.ar/2007/09/03/nota157896.html]

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confinamento (21/08/07)

Confinar-se. Com fim de proteger-se. Do frio, sensação artificial a um organismo de células tropicais. De compleição semiárida. Do nordeste brasileiro. São vinte oito anos sem inverno, sem neve, sem tanto açúcar refinado. Moléculas estranhas. Feitas desde crianca a base do cuzcuz, do queijo coalho, da manga, do feijão, da goiabada. Não é saudade de capricho, é de carência! De átomos formados por geléia de mocotó. Mais que paladar é a propria matéria prima. Consistência. Avitaminose de pé no chao, um pé que nao entende tanto confinamento. Confinado. Com fim de proteger-se. E como exigir saber se proteger se jamais se vira em semelhante situção? Demanda vernáculo; passar por todas as etapas. Assimilar o clima pelos hábitos: comida, água, roupa, banhos. Observar como se sobrevive aos extremos naturais. Se pode um parisiense morrer de calor, por que não poderia um cearense morrer de frio?

Yo que tengo frío
Debajo de las frazadas
Por dentro de los abrigos,
Mientras la salamandra
Calienta los dolores
Calienta los olores
De los palos;
Cerradas las ventanas
Yo que tengo los ojos
Abiertos para el desconocido,
Mientras la salamandra
Calienta los colores
De los hielos,
Se escucha un raro sonido
Yo que tengo sentido
la casa nerviosa
el alma temblosa
Madrugadas;
los perros afuera,
los perros adentro,
Yo que tengo conmigo
un alma herida,
atrapada y sentida;
Debajo de las frazadas
Por dentro de los abrigos.


[retomo os versos para brindar a astúcia da comunicação humana,
Diário de Rita Brum]


konidomo
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comemorativos (12/08/07)

Feliz dia dos pais! ¡Feliz día de los niños!


E essa confusão de datas comemorativas. Pecamos. Fomos traídos pela imersão em uma nova cultura. E pode-se dizer que tudo não passa de cormecialização dos sentimentos, capitalismo, ba ba bi ba ba ba. É um bom argumento para quando se falha.

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