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3.4.07

compromissos (05/02/07)

Ainda na obstinação de tornar o tempo real correspondente aos registros, tentamos aproveitar o tempo. Multiplicando o tempo. Porque é coisa de gincana tentar contemplar todas as demandas da cidade, dinâmica ao extremo, de muitos acontecimentos fáceis. E conversamos acerca da possibilidade de visitarmos o Prestes Maia, com uma das meninas da Rep, envolvida na luta.

pra seguir
konidomo

[ed. Prestes maia]

Edifício no centro de São Paulo ocupado por cerca de 470 famílias, há mais de três anos. Em situação de risco no que se refere à estrutura da construção e tranqüilidade para morar. O prédio fora abandonado por doze anos, com dívidas e encontrava-se como depósito de lixos. Hoje, a comunidade que ocupa vive em estado de alerta e possibilidade permanente de despejo. Enquanto isso, atividades são realizadas no local, como a manutenção de uma biblioteca, realização de exposições e interação com artistas da cidade.

E mais uma vez, pelas alternativas criadas pelo caminho, não visitamos o edifício. E continuamos respeitando as artimanhas do destino.

[valor das coisas]

Por um diálogo, ternura; o valor das coisas é um afago de candura, boa noite, durma bem e um objeto molhado sem cura. Por um braço estendido, levantar da queda: o valor é mais reparar no outro, uma emoção que impera.

[todos os cearenses do mundo]

Se a memória não for traiçoeira, houve uma matéria num desses programas de televisão, cuja manchete era: EM TODO LUGAR DO MUNDO HÁ UM CEARENSE. Em São Paulo, nem se fala. A gente cruzou, ao acaso com um amigo conterrâneo, o Fernando Catatau, na Santa Ifigênia. Duas amigas na Bela Cintra. Todas em completo encontro casual. E depois, como se não bastasse, conheceu um camarada chamado seu Chagas, de Serra Grande, Ceará, recém proprietário de um estabelecimento na Bela Cintra. Um exemplo de classe era seu Chagas: quitutes modestos tornados requintados, para agrado do cliente. Frango com gergelim, Calabresa, Mortadela com limão e azeite, mimos. E para completar, o porteiro do prédio de um amigo, que nos acomodou em seguida, também era cearense.

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