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16.1.07

Santo Amaro (22/12/06)

‘Quem não rezou a novena de Dona Canô...’

Sentimos completamente diferente o ar da cidade. E ficamos. O único inconveniente foi que não achamos local para acampar e sequer pousada. Havia hotéis, certo que a preço de pousada, mas eram hotéis. Acabamos optando por um à margem da praça principal.

A cidadezinha estava um rebuliço. Supomos que a euforia residia por estarmos às vésperas de Natal, festas, essas coisas. Depois de nos acomodarmos, fomos dar o passeio de reconhecimento. Nada profundo, mais para espairecer e dar descanso ao corpo sentado a horas. Comemos e logo voltamos. Também não é interessante dar tanto ar da graça em lugar desconhecido. Nessas andanças, passamos por cidades com verdadeiro asco de forasteiros. Há, assim, de se ter cautela e pisar devagar, discreto, com respeito, com a alma delicada e atenta aos movimentos... Também somos bichos nas regras dos animais; a diferença é que majoritariamente a sobrevivência daqueles orbita a comida, enquanto que nõs nos alimentamos de gente. De fato, as relações humanas são nossa seleção natural e, por assim dizer, nossa cadeia alimentar é mesmo o verbo.

E por algum mecanismo de defesa, acordamos no dia seguinte com a ânsia da estrada. Não que o lugar representasse perigo, mas havia sim um lugar mais adequado a nossas centelhas. Apesar do lugar ser bem amistoso, sentimos que ainda não era o lugar. Era frio demais passar Natal em Hotel. Queríamos acampar, poder cozinhar qualquer coisa, sentir a casa, o lar, nem que fosse de nylon.


purificação
konidomo

casa grande
konidomo

feliz natal
konidomo

história
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na calçada
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pela cidade
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santo amaro
konidomo
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