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26.1.07

a caminho da Chapada [Diamantina] ( 27 /12/ 06)

Seguindo os mapas, porém com certa desconfiança... O guia não bate bem com a Bahia: ou as estradas saem do lugar, ou o guia está equivocado, e nosso guia é de 2006... Seria a Bahia o nosso ‘triangulo das bermudas’?

Entramos em Cruz das Almas para pequenas providências logísticas: banco, combustível... O caso é que tudo correu acertado até chegarmos à Castro Alves, quando a partir de então, deu-se um nó nas estradas. Como se não bastasse isso, a pista até Argoim – os mapas indicavam que seria o melhor acesso – estava intransitável. Se fosse toda de barro, seria um sossego, apenas um alaranjado a mais no fusca. Mas os restos de asfalto, à textura da destruição e desgastes pelas rodas grandes, formaram a visão do inferno, imensidão de homicidas em potencial de viajantes comuns...

Enfim, revezamos a direção, dada a condição e exuberância da paisagem. Desse jeito, todos podem valer imagens de seus olhos, tornar os retratos temporais em memória gravada. Isso em rodas, até chegarmos à Andaraí, primeiro pouso na Chapada.

[vício de estrada

a estrada vicia
o vento vem e anuncia
se vai chover
muda tanto pelos lados
o mapa corre aos bocados
antes de anoitecer
depois passa devagar
não há, porém,de se preocupar
um bom lugar sempre vai aparecer

ver os cantos à luz do dia
no retrovisor, o que se renuncia
jeito vivo de viver]

(do diário de bordo ou de Rita Brum, para familiarizar-se o poeta)


limpeza
konidomo

um por um
konidomo

limites
konidomo

de fita
konidomo
a