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24.6.07

córdoba verde e amarela (31/05/07)

É um amor genuíno. De brilhar os olhos, arrepiar a pele e todos as pieguices necessárias. Nossa acolhedora ama o Brasil, estuda português, toca berimbau (está aprendendo), fazia capoeira, manuseia o pandeiro com vontade, aprecia a música, respira, busca, traga de nós uma pátria instintiva que nos faz ainda mais brasileiros. Sentimo-nos honrados, pelo valor que dá ao nosso país, na sede de ir, na sede de conhecer. Ao longo dos dias, tentamos dar mais de nossa brasilidade que pudemos, de forma natural, entretanto. Estabelecemos, inclusive, o português como idioma oficial em sua casa, de modo a possibilitar-lhe prática maior. Só falávamos em castelhano à presença de outro, e ainda assim, apenas se também não falasse português.

Assim, fomos convidados a uma aula sua, para contarmos acerca de nosso projeto e nossa cultura. Foi uma experiência encantadora, falar para apreciadores de brasis, para olhos tão brilhantes, olhos diamantes voltados para nós. Conhecer a professora, sua história, alento para nós, de alguns infortúnios do dia, vindos por mensagens virtuais.

A partir de então, os dias ganharam presença de um novo amigo, a convivência somada por mais um falante de nossa língua, mais um amante de nossa terra de feitiços...

o que há
konidomo

pra falar da origem
konidomo

"Bem Brasil"
konidomo

na aula da lígua
konidomo

na língua do costume
konidomo

um cartaz
konidomo


[procurando naus]


varanda para a rua. olhos fora de casa. quando não se conhece não se vê, vimos isso no filme “quem somos nós”. nos momentos na janela, procuramos naus. caravelas desconhecidas aos nossos olhos. piratas. na trama urbana, chaminés, difícil enxergar. e uma imagem clara, irrefutável: M do Mc Donalds. à frente, a distrair a busca, amarelo e eloqüente, massivo, imponente, impossível ignorar. procuramos naus, como a neve que caiu, como os traços naturais, cerros e marcas de chocolate. como as cores do céu, das roupas, das térmicas nas mãos. como arroz que não faz falta à mesa do argentino, mas o pão imprescindível. um dente de ouro no quarto, num copo da cabeceira, do edifício a dez manzanas, há dez anos , a dez mil quilômetros. café moído com açúcar, sachê de café? E nossa busca desesperada por café de nosso paladar. nata da vó, retrato de família; lá vai a caravela pela rua sem carros estacionados, quem sabe seja por isso proibido.


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