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19.4.07

conea de quem? (de 21 a 25/03/07)

Estávamos no estacionamento do curso de arquitetura quando finalmente recebemos pelo celular uma mensagem precisa de onde aconteceria o Conea. Justamente na UFSC.

CONEA, é uma reunião periódica do movimento estudantil, de área, do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. A sigla, em rigor, significa: Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Arquitetura e Urbanismo. É a segunda Instância deliberativa da FENEA, órgão representativo da categoria (Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – pois há instituição homônima na Argentina).

Pois bem, mal encontramos o Centro Acadêmico, reencontramos também uma grande amiga, nossa contemporânea, que por alguma história parecida, também estava por ali. Saímos para comer e encontramos outra querida, da cidade e dos mesmos tempos. E passamos a noite em retrocessos, saudando notícias, compensando a saudade, os abraços, as vidas até então.

Durante o evento, participamos como observadores, vendo os turnos, alguns de perto, na margem da roda, mas, na maioria das vezes, de fora.

[encontramos Sumara, Laila e conhecemos o Dóca e a Ci, felicidades do acaso]

[casinha]

Antes, na época em que fomos atuantes (sim, tivemos vivência importante no movimento estudantil), a participação era mais estudantil e menos institucional. Havia muitos avulsos que apareciam e tornavam-se imprescindíveis ao movimento, embora não fizessem parte de nenhuma agremiação. Inclusive, chamávamos a Fenea de “casinha”. Para arquiteto, mais que uma relação literal, era um entendimento puramente poético. Ali, num lugar efêmero, de arquitetura volátil, havia um lugar mágico, onde o Brasil cabia inteiro, embora representado. Era um lugar de materialização efetiva de um lar, com todas as condicionantes. Família, trabalho, dinâmica (oras as dinâmicas!), um amor arrebatador e maior que tudo que já se sentiu. Capaz de juntar casais e amigos, sim (como nós), mas, fundamentalmente, solo fértil para idéias mirabolantes, lindas, projetos extraordinários e lições que jamais será possível ver acontecer pelo caminho formal da escola. No nosso tempo, brincávamos que a Fenea servia apenas para que nos encontrássemos. Através dessa união, de pessoas felizes e tão obstinadas, éramos capazes de tudo. Os projetos eram apenas conseqüências. Do bonito nasce o bonito, flores de flores, sublime. Éramos feitos de lágrimas. E esperávamos o desconhecido chegar como quem espera parente. Vindo de Poços de Caldas, Fortaleza, Porto Alegre, Goiânia, Xanxerê, Aracaju, Vitória, Recife, Santos... Em quatro dias tornávamos íntimos, inseparáveis, ou odiávamo-nos para sempre. Como uma família comum. Talvez esse fosse um ponto de críticas, desencadeador de tantas mudanças, até aos dias atuais. Para nós, era o diferencial, que fazia de nosso movimento estudantil mais que eficiente: transcendental.

[a natureza vem chegando, pintando toda a natureza, é o sol, é o sol, é o sol que traz tanta beleza... lembrança do Rô, que cantava para nos acordar para o turno...]

E os lemas e as canções emblemáticas; porque “viva a fenea que faze a gente se encontrar” abrange tudo: encontrar a si, o outro, a roda, o mundo.

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