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19.4.07

indo para o abraço (21/03/07)

Nossa passagem pelo Paraná foi ínfima. O tempo marcado nos privou da experiência de conhecer o Estado. Tínhamos, sim, interesse naquilo além da bolha Curitiba, cidades mais reais que a cenográfica capital. Porém, logo cedo partimos, com um olhar apenas pela cidade maquete, destinada a isso, ao olho da janela do carro.

Nosso novo destino era Itapema, em Santa Catarina. O que nos atraiu para lá não fora o lugar, pois nem conhecíamos. Mais uma vez fomos movidos pela razão humana, à saudade de um grande amigo, então residente nesse local.

Antes de chegarmos ao ponto, passamos por verdadeiros ícones da região. Vimos pela estrada várias indicações para um dos parques mais arraigados na memória infantil do nossa geração: ‘Beto Carreiro World’. É claro que pensamos em ir, pelo menos passarmos em frente. Mas chegamos à conclusão de que o tempo e o combustível gastos não valeriam a investida. E, sendo assim, nossa primeira parada fora Joinville: eu contava, enquanto passávamos pelo pórtico da cidade, a importância da dança nesse lugar, ou vice-e-versa. Lembrei-me dos tempos de bailarina, quando as academias preparavam suas melhores para os festivais ali. E depois de muitas voltas, encontramos uma praça no Centro, onde sentamos para observar. Atividade que adoramos: olhar o movimento, as pessoas, as roupas, as expressões, os ritmos, a dinâmica urbana.

Seguindo além, entramos também no Balneário Camboriú. Cenário de praia, com elementos novos: vento mais fresco, chimarrão, cadeiras privadas, muitos argentinos e paraguaios. Ficamos pouco, só o tempo da ‘zona azul’, com outro nome em alguns lugares, mas o mesmo serviço aborrecido.

E, então, finalmente seguimos para Itapema. Já passava das seis e havíamos marcado por essas horas, de fim de expediente, de modo a encontrar nosso querido após seu trabalho. Uma visão de tirar fôlego de maratonista, lá de cima, curva espetacular. Um mar caricato, paisagem de começo de filme. A gente chegou em Itapema com as coordenadas de nosso amigo e o encontramos no lugar combinado: em frente à prefeitura.

A noite foi de abraços e sorrisos. Apanhamos sua filha, bem crescida para nossas lembranças, quando moravam em Fortaleza. Depois de uma rápida passada no supermercado, chegamos ao lar deles, agradável lugar defronte ao mar. E lá estava sua esposa, também há muito só de saudade. Passamos a noite como quem visita alguém da mesma cidade. Conversamos e contamos histórias, como realizada uma vontade há muito percorrida.

[o Belezau veio de Curitiba para Fortaleza, à época de estudante. Estudava na UFPR e depois, passou na UFC. Compartilhamos disciplinas, reuniões, encontros de estudantes e inclusive o nascimento da filha deles. Não se mede em palavras, nem em abraços, o carinho que temos por esta criatura. E lembramos do tempo em que, tendo o movimento estudantil como prioridade, a pequena – sua filha - assistia mais aulas de projeto urbano que eu...]

[agradecimentos]
- ao Daniel Fernandes, o Belezau, pela oportunidade do reencontro, abraço amável, jantar agradável, abrigo feliz, por ceder seu quarto para os, pelos confortos, pelas disponibilizações, pela noite contente, pela dormida decente, pelo almoço ágil de despedida;
- à Márcia, pelo sorriso aberto de recepção, pelos assuntos interessantes, por abrir seu lar para nós, pelos mimos e cuidados;
- à Jade, pelas mesas postas caprichosamente, pela doçura em todos os atos, pelo jeitinho lindo dela, pela simpatia, pela tatuagem de brincadeira, pelo amável beijo de despedida.

balneário1
konidomo

balneário2
konidomo

joinville
konidomo
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