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18.5.07

uma mão enterrada (28/05/07)

Por enquanto, a gente se diverte. A gente sempre se diverte, até quando sofre. Para procurar teto, para procurar alimento. E num é que albergue não é mais uma opção tão econômica? Não. Encontra-se hotéis com preços até mais atrativos. Com banheiros privados, calefação, televisão, até. Mas em Punta, optamos pelos primeiros, mais pela disponibilização de internet e cozinha, que pelo valor da hospedagem. Precisávamos buscar contatos, pelo menos para Montevideo, que estava um passo a frente.

Bueno, estávamos em Punta del Este, com todo fetiche permitido. Foi só ver os dedos submergidos na areia da praia. Passamos e nos demos conta, SIM, a cidade dos artistas, soubemos inclusive, que fora inspiração para a tal Ilha de Caras. Retrato, a gente pode, pode também participar do cenário, fazer cena, sentado sobre um polegar.

[Há cidade para fotografias
A gente vai por fantasia
Na loucura de ir também

Não há teor nem alegria
Substância de todo dia
Coisa de gente que não se tem

E a imagem vale retrato
Mas não há vida fora do quadro
Lugar não é, sem alguém
]

[do diário de bordo, ou de Rita Brum, para familiarizar-se o poeta]

"recuerdo de Punta del Este"
konidomo
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