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28.2.07

contorno do mar [via RODOSOL] (02/02/07)

[Intervalos. Como se tanta absorção intoxicasse. De fato é. Imerso na vida de outrem, modos e métodos, a gente já não é, deixa de ser, deixa a si mesmo. E vive o tempo do outro, de modo a experimentar. Vida emprestada por um tempo ínfimo, mas suficiente para incomodar os instintos. Porque a cabeça não foi doutrinada daquela maneira. Porque não se cresceu naquele cativeiro. A casa é o pensamento material. O cérebro expandido. Percebe-se outra espécie. Cada bicho em sua jaula própria.]

E não é uma delícia deixar-se ir pelo mar? Perfume e música, por vez:

Vila Velha (onde pegamos a Rodosol e fomos reconhecidos por uma mulher, na pista);
Guarapari (um pequeno desajuste no freio, vazamento na cebolinha, rapidamente solucionado numa oficina com mecânicos gêmeos);
Marataízes (onde tocamos a BR 101 e fomos mais uma vez reconhecidos, desta vez por um motoqueiro);
Divisa ES/RJ (ânimo para a jornada);
Campos de Goitacazes (onde a ponte desabou e enfrentamos um pequeno desvio);
Macaé (nosso retorno à orla, de modo a procurar já daí um local para abrigarmo-nos);
Rio das ostras (onde procuramos abrigo, apanhados por uma tempestade, mas os preços nos obrigaram a seguir);
Barra de São João (pouso imediato, custo razoável para o tempo formado no céu...)

[para a ponte que caiu!]

Em campos de Goitacazes, aquela ponte que cedeu. Foi inevitável passar por lá e vimos a estrutura partida ao meio, força da água, impressionante.


a tal da ponte
konidomo

que caiu
konidomo
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