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31.5.07

dia das mães (13/05/07)

Dias célebres, nos levam ao Brasil. Vamos e voltamos, por um telefonema, ou à estréia da imagem instantânea. Coisa dos filmes futuristas, coisa já banal para hoje. A tal da webcam: quando impregnados dessa sensação de filhote parido e desmamado, sente-se mais. Ver a mãe, ver o seio, não tocar. Há um certo toque, no coração. Mas há uma linha interrompida, natural não é, falta a razão humana. Ouvir, comunicar-se, dói e acalenta, esse frio de sete graus, de mãos arroxeadas, rosto rubro, até para morenos. A falta da pele é a falta do pé no chão, é a falta da mão quente, da saliva pelo ar, das bactérias trocadas, cuspe é beijo. Falta faz a presença plena, corpo vivo, secreções e movimento, leite, saliva, suor. É perfume a presença autêntica de quem amamos.

[Felicidades às mães, acima das certezas desse dia comercial; felicidade pelo fato, pela maternidade, que jamais vai ser de um dia só.]


mãe natureza
konidomo
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