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31.8.07

casa-ímã (20/07/07)

casa grande, casa quente, passa gente, passa conversa, passagem. Casa quadro, pendurado nas paredes, mimos. Um tom elegante, simples e adornado, luzes de natal, fole, madeira, passa artista, passa arte, presentes. Sempre um humor escrito, desenhado, largado como enfeite. Passa o mundo, de visita, passa a vida, passam Bonarda, Fúria, Farinelli – dois cães e um gato – passa frio, passa para dentro, família.
Passa assado, frango em forno de barro, frango com romero. Passa massa pela máquina, fará fazer fideos. Casa alegre, passa vinho, passa riso, passa pássaro, sol a jato. Depois anoitece, passa lenha, passa fogo, uma roda passa adentro, passa outro, passa assunto, passa música. Casa de músico, fina sintonia conosco, improvisos com panelas, passa um lindo som, tocado a luz de vela.
almuerzo
konidomo

gato de botas
konidomo

laboratório
konidomo

entretenerse
konidomo

ritual
konidomo

de tanto andar
konidomo

anúncio
konidomo

um blá
konidomo

chapéu do Ceará
konidomo

ato
konidomo

fideos
konidomo

glaciar
konidomo

'batmacumba'

[missão tapioca]
Voltar: já não é desconhecido. Algo se reconhece, da codificação de outrora, quando passamos pela primeira vez. Cada país tem suas delícias e não nos esquecemos das daqui: essa fantástica sintonia, esse solo tão familiar, tátil; a Argentina possui um ar parecido com de nossas fontes. Olhos, a gente se identifica; palavras, a gente se comunica. A gente se sente latino-americano, sangue vermelho, vivo, a gente se sente. Há fécula de mandioca, entre outras alegrias. E enquanto busca, é buscado, é escutado, abraçado, alimentado. A gente troca mais, a gente toca mais. Come tapioca. E dissemina o gosto ao paladar argentino. A ciência do pó que se une sem azeite, pura alquimia. A gente ensina como faz, a gente aprende como fala e come. Come com manteiga, com doce, com coco, com ovo. Dos cafundós da tradição nordestina, do fogão nossos avós no Ceará, receita especial, direto à mesa argentina. E adorada.
la clave
konidomo
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